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Se você não conhece Marcos Lisboa, segue abaixo um vídeo que permite observar a magnitude de seu trabalho e de sua luta pela racionalidade das políticas públicas, uma racionalidade que precisa escapar da polarização, dos preconceitos e da preguiça dos envolvidos para que tenha chance de entregar melhores resultados.
É bastante útil para quem deseja entender melhor este tema fundamental.
Estadão
@Estadao
LULA E IRMÃOS BATISTA Governo edita MP que beneficia Joesley e Wesley no setor de energia; ministério diz que texto é para dar sustentabilidade à distribuidora no Amazonas (via @EstadaoEconomia )
14 de junho de 2024
Governo Lula edita medida provisória que beneficia empresa dos irmãos Batista no setor de energia
From estadao.com.br
FEBRABAN
@FEBRABAN
O Plano Real de 1994, para ser viável, tinha o grande desafio de conquistar a confiança da população, depois de 7 tentativas frustradas de planos econômicos anteriores. Saiba como o plano acabou com 15 anos de hiperinflação, acompanhando a íntegra da entrevista, conduzida por
@MonaDorf
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Estadão
@Estadao
CAMPOS NETO Banco Central não tem nada a ver com juro longo; é a credibilidade do governo, diz presidente do BC (via @EstadaoEconomia)
Banco Central não tem nada a ver com juro longo; é a credibilidade do governo, diz Campos Neto
From estadao.com.br
Por Amilton Aquino em 08 de junho de 2024
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Meu amigo Carlos Alberto Fischer me sugeriu a entrevista do economista Paulo Gala dada a Reinaldo Azevedo, com um objetivo claro de dar um verniz acadêmico a sua difícil tarefa de confrontar a percepção cada dia maior dos agentes econômicos de que o arcabouço fiscal do governo não conseguirá cumprir nem mesmo as metas do primeiro ano de implementação, apesar de toda a sua flexibilidade.
Paulo Gala faz parte do time do economista heterodoxos, que “não são presos a dogmas”. O problema é que tal visão dá menos importância a dogmas verdadeiramente importantes (como a necessidade do controle de gastos, por exemplo), em prol de novos dogmas, como o de que é impossível um país ficar rico sem uma forte intervenção estatal.
Para defender seu dogma, Gala cita frequentemente os casos da Coréia do Sul e da China, focando mais nos estímulos governamentais e quase ignorando todas as demais variáveis envolvidas no processo, entre as quais a baixa carga tributária de tais países. Tanto a China como a Coréia usaram suas vantagens competitivas naturais (como os baixos salários iniciais) para ganhar competitividade internacional. Os incentivos existiram, claro, porém sob rigoroso acompanhamento de metas, sem comprometer o equilíbrio fiscal nem aumentar a carga tributária, pois se esta escalasse, comprometeria os eventuais e incertos ganhos dos estímulos. Além do mais, tais países têm níveis de corrupção muito menores que os nossos, o que reduz bastante a tendência de fracassos em tais investimentos.
E neste ponto os heterodoxos recorrem sempre à falácia da generalização para sustentar que os países desenvolvidos tornaram-se competitivos por causa de investimentos estatais em grandes empresas privadas. Um dos casos frequentemente citados hoje, por exemplo, é o caso do Elon Musk, que recebeu financiamento estatal para construir a Space X. Sim, recebeu. Mas o ponto correto a focar é o fato de que sob a iniciativa privada o lançamento de foguetes teve uma redução de custos de 75%. Claro que é possível encontrar exemplos de empresas estatais competitivas, mas a regra geral é de que empresas privadas são mais eficientes e, portanto, mais competitivas. Este é mais um dogma ortodoxo que os heterodoxos tentam “flexibilizar”.
Ou seja, os heterodoxos focam nas exceções, não nas regras gerais. E sim, existem exemplos de países que conseguiram dar o salto da renda média sem intervencionismo estatal, como Nova Zelândia e Austrália, por exemplo, países que apenas usaram suas vantagens competitivas, prezando pelo equilíbrio fiscal, sem a necessidade de desenvolver grandes marcas globais como prega o Gala. Suas industrializações medianas foram consequência, não as causas dos seus desenvolvimentos.
Agora vamos ao ponto central da entrevista: a tentativa de reforçar a narrativa governamental de que as coisas vão muito melhor do que o pessimismo pregado pelo tal mercado. E para reforçar tal percepção, entrevistado e entrevistadores apontam os últimos relatórios positivos das agências de rating, esquecendo, claro, de apontar que tais análises se baseiam em reformas feitas principalmente nos governos anteriores apontando preocupações justamente nas ações do governo atual. Sim, elas são sempre atrasadas e sempre abrangem um tempo maior, tanto do passado quanto do futuro.
Mas, de fato, o governo tem alguns bons números objetivos para ostentar. Apesar da impressão geral de que a inflação está acelerando (principalmente nos alimentos), no geral a inflação está próxima da meta, o desemprego tem caído e a economia tem surpreendido positivamente. O problema dessa argumentação é que ela é uma fotografia do passado e, a cada ano, tal fotografia tende a se deteriorar. O crescimento do PIB tem surpreendido positivamente por causa do agro. Foi assim no primeiro trimestre de 2023 e foi agora, embora em menor grau. A inflação está controlada por causa da atuação firme do BC, que o governo quer flexibilizar e vai poder flexibilizar a partir do próximo ano. O desemprego cai rapidamente desde o final da pandemia, mas, apesar de continuar caindo, a queda não só reduziu o ritmo como a maioria dos empregos criados agora são no setor público. Até quando o agro vai surpreender positivamente? Até quando o BC terá autonomia para fazer seu trabalho? É sustentável aumentar continuamente o nível de empregos no setor público?
É óbvio que o mercado tem suas apostas para tais perguntas e está olhando para a próxima fotografia, como sempre. Não por acaso os juros futuros dispararam, o dólar subiu, a bolsa caiu, investidores internacionais deixam o país por cinco semanas consecutivas. Mais objetivo que os números atuais que o governo ostenta é o crescimento vertiginoso da dívida, que reverteu a trajetória de queda desde a pandemia. E não por acaso, o rombo nas contas públicas dos últimos doze meses já ultrapassa com sobras o rombo até então recorde da pandemia, sem que o governo faça qualquer aceno em controlar gastos ou, pelo menos, torná-los mais eficientes. Pelo contrário, aponta na direção de tributar ainda mais e cometer os mesmos erros que levaram à maior recessão da nossa história. E sim, são medidas que o Paulo Gala acha “razoáveis”, para dizer o mínimo.
Minha aposta é de que vamos continuar andando de lado, desperdiçando mais uma chance de ouro. Além da reforma tributária que, mesmo com todas as desfigurações, trará um pouco pouco mais de eficiência ao nosso inferno tributário, e apesar de todos os erros do governo, o Brasil continuará numa posição privilegiada no mercado global, o que de alguma forma vai continuar compensando nossa eterna ineficiência. Aconteça o que acontecer, seja uma ampliação das guerras ou uma recessão global, as pessoas vão continuar comendo e o nosso agro vai continuar bombando, assim como nossas exportações de petróleo, apesar das ineficiências já introduzidas pelo governo tanto na Petrobrás quanto no mercado privado de petróleo, também já em queda livre. E como as dívidas dos países ricos também estão crescendo, os riscos da explosão da nossa dívida também são atenuados.
E sim, existe sempre o risco de uma perda total de controle e o país mergulhar novamente numa nova recessão. Mas para compensar isso, o mercado tem a forte crença de que antes de cair do precipício, os cardeais se reunirão e evitarão tal catástrofe com um novo impeachment. A ver. Certeza mesmo só que estaríamos bombando agora se o governo atual tivesse um mínimo de apreço pela eficiência dos gastos e equilíbrio fiscal.
Entrevista didática, equilibrada e e esclarecedora.
Ainda existe jornalismo que trata a audiência como adultos capazes e não teme colocar o dedo nas feridas. Assista.
A ideologia do atraso.
A repetição de erros…
“Se você deseja que os pobres permaneçam pobres, geração após geração, basta manter para eles baixas expectativas na escola e arranjar desculpas para justificar seu fracasso acadêmico e mau comportamento.”
Thomas Sowell
“A baixa expectativa acadêmica e disciplinar nas escolas é a base do que os Woke chamam de EQUIDADE nas escolas. Trata-se de um dos elementos para se ter QUALIDADE SOCIAL. E é exatamente isso – QUALIDADE SOCIAL – que o projeto do governo para o novo Plano Nacional de Educação deve adotar como principal “métrica” para medir a qualidade das escolas.
Eu, você, todos sabemos que isso não vai ajudar crianças pobres a sair da pobreza. Não é falta de recursos. Não é acaso. Esse é o plano.”
Anamaria Camargo
Trata-se de deliberadamente nivelar por baixo, e abolir a responsabilidade. O resultado é maior grau de dependência, adicção e menor grau de liberdade, autonomia. Meios eficazes para tiranos e o crime organizado se manterem no poder.
Obrigado pela contribuição.
Marcos Lisboa diz que faltam metas de qualidade na nova regra fiscal
É bem didático e esclarecedor.
Deixe de lado preconceitos contra a Brasil Paralelo. A entrevista é ótima e as colocações do Marcos Lisboa são precisas.