
Bolsonaro é um mal em si. Autoritário, idiota e de uma incompetência que superou em muito a de Dilma, acabou por criar uma situação insustentável para si mesmo e seu governo, o que levou vários amigos contrários ao PT declararam que votarão em qualquer um que não seja Bolsonaro nas próximas eleições. Estou entre eles. Acho que o Brasil não resiste a mais 4 anos de mentecaptos autoritários no poder. Mas resistiremos a autoritários inteligentes?
Essa é uma questão que ganha urgência com as recentes movimentações e declarações de Lula e os “generais” do PT.
Lula e José Dirceu, por exemplo, andam tão à vontade que já não escondem que, se puderem, fincarão suas presas na jugular da Democracia. Não é força de expressão. Não é exagero. Reproduzo abaixo trecho de entrevista de Lula a Eric Li do jornal chinês Guancha:
“(…) A China tem um partido, a China e’ resultado de uma revolução de 1949 com Mão Tse Tung, a China tem um partido que tem poder, que tem um Estado forte, que toma decisões, e que as pessoas cumprem. Coisa que nos não temos aqui no Brasil.
(….) a elite financeira do nosso país, elas tem muita ingerência na política e é preciso que a gente os enfrente para mostrar que o Estado tem um papel importante. Muitas das políticas sociais que o povo precisa só podem ser feitas se o Estado for forte. Só podem ser feitas se o Estado tiver comando, e lamentavelmente nos países da América Latina, nos países do 3o mundo, o Estado está cada vez mais fraco, estão cada vez mais privatizando as empresas públicas, estão cada vez mais privatizando aquilo que deveria ser O PAPEL DO ESTADO.
Então Eric, eu acho que a China é um exemplo de desenvolvimento para o mundo. Eu espero que outros países aprendam a lição com a China. (….) Lamentavelmente a gente não conseguiu chegar lá, mas eu tenho muita fé, muita esperança, que nós vamos conseguir fazer isso a partir de 2022.”
Como bem observou meu amigo Marcus Vinicius Grade, “essa é a visão real de Lula e do PT. O objetivo. O restante é tática, meios para conseguir realizar a visão. O sonho de consumo é o poder inquestionável e pessoas que “cumpram”. Elogiar o modelo Chinês, de partido comunista, comando e controle centralizado, é confissão de amor ao totalitarismo, não é outra coisa. As falas recentes de Dirceu e as um pouco mais antigas de Jaques Wagner estão alinhadas com a visão acima.”
Torço muito e milito por uma terceira via com viabilidade eleitoral. Hoje já estou achando Ciro Gomes e Moro palatáveis. Prefiro não ter que enfrentar a sanha autoritária do PT que sempre aplaudiu as ditaduras de esquerda e agora está à vontade como pinto no lixo, graças à Bolsonaro.
O vídeo original está aqui:
Nesse 15 de Maio de 2022 o Estadão publicou um Editorial que resume bem o como o Lula e PT operam no território da pós-verdade, emendando uma narrativa fraudulenta na outra. Fiquem com o Editorial:
LULA FAZ O ELEITOR DE BOBO
Petista quer fazer o País acreditar que, se ele é ‘inocente’, então nunca houve petrolão. Ao agir assim, e prometer ‘recuperar’ a Petrobrás depois que o PT quase a destruiu, é um insulto
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ter recuperado seus direitos políticos após a anulação de suas condenações judiciais no âmbito da Operação Lava Jato, mas isso não significa, nem de longe, que ele tenha sido absolvido pela Justiça nem tampouco que possa apagar o passado, como tenta fazer ao inventar um discurso sobre a Petrobras nesta pré-campanha à Presidência da República. Ao agir assim, Lula trata como idiotas milhões de brasileiros que não se ajoelham sob o altar do PT e que lembram muito bem como o partido tomou a Petrobras de assalto para transformar a empresa em instrumento de política econômica e um centro privado de financiamento de campanha e enriquecimento ilícito.
Qualquer cidadão minimamente informado e que ainda seja capaz de analisar os fatos sem ter o raciocínio comprometido por paixões políticas sabe que a anulação das sentenças penais condenatórias de Lula se deu por razões de natureza processual, não de mérito. A rigor, as decisões favoráveis ao ex-presidente tomadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) – que, ao fim e ao cabo, lhe restituíram o direito de disputar eleições – dizem respeito apenas aos erros cometidos pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela primeira instância da Justiça Federal em Curitiba; Lula não foi “inocentado” de nada.
De forma muito ardilosa, Lula explora essa peculiaridade de sua situação jurídico-penal para tentar apagar o “petrolão” da história. O ex-presidente sabe que o “mensalão” e o “petrolão” serão temas incontornáveis em sua tentativa de voltar ao Palácio do Planalto. Logo, tenta induzir parte dos eleitores a acreditar que, se ele próprio não foi condenado pelo maior escândalo de corrupção da história do País, é porque não houve escândalo de corrupção algum. Simples assim.
Lula quer fazer o País acreditar que o “petrolão” não existiu e que ele, caso seja eleito, vai “recuperar a Petrobras”, sabe-se lá do quê. “Nós precisamos fazer com que a Petrobras volte a ser uma grande empresa nacional, uma das maiores do mundo”, disse Lula no discurso de lançamento de sua pré-candidatura, no dia 7 passado. “(Temos de) Colocá-la de novo a serviço do povo brasileiro”, arrematou o ex-presidente.
Em primeiro lugar, é de justiça reconhecer que a Petrobras voltou a ser uma grande empresa durante o governo de Michel Temer. Lula pode contar com a amnésia de parte dos brasileiros, mas cabe recordar que foi durante o governo Temer que a Petrobras se reergueu dos escombros do “petrolão” ao adotar uma administração mais profissional, sobretudo a partir da reorientação de sua política de preços, que passou a ser atrelada às variações do dólar e da cotação do óleo no mercado internacional. Os resultados positivos da empresa desde então falam por si sós.
Lula também aposta na desinformação ao prometer “colocar a Petrobras a serviço do povo brasileiro”. Trata-se de uma falácia eleitoreira, no melhor cenário, ou de uma ameaça de intervenção, no pior. Embora a União seja sua maior acionista, a Petrobras não é uma empresa estatal pura, é uma empresa de economia mista e capital aberto. Presta-se, portanto, a atingir seus objetivos empresariais por meio de uma gestão eficiente, com vistas a remunerar os investimentos que recebe de seus acionistas. Não se presta a ser um instrumento de execução de políticas públicas que favoreçam governos de turno. A corrupção, sem dúvida alguma, causou enormes prejuízos à Petrobras e aos seus acionistas, mas foi a apropriação da empresa durante os governos petistas, os maus investimentos que foi obrigada a fazer e o sacrifício da boa administração em nome dos interesses eleitorais do PT que quase a levaram à bancarrota.
Nesse aspecto, Lula e o presidente Jair Bolsonaro têm uma ideia muito semelhante sobre a Petrobras. Ambos enxergam a empresa como um anexo do Palácio do Planalto. A vitória de um ou de outro na eleição presidencial de outubro prenuncia tempos difíceis não apenas para a empresa, mas para o País.
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-informacoes,lula-faz-o-eleitor-de-bobo,70004066491
RETOMO para fazer uma observação: como diz o Pondé, estamos como a heroína do filme Alien Versus Predador: com o predador (Lula) é possível estabelecermos circunstancialmente algum grau de empatia e de aliança estratégica; com o Alien (Bolsonaro), é impossível qualquer empatia ou cooperação, temos ali a besta em estado bruto.
Ao estudarmos o tema “Democracia” e seus desenvolvimentos nos séculos XIX e XX, constatamos que a Democracia é uma proposta, uma promessa não realizada. Em todos os países que dizem sustentá-la, é uma imagem meramente ilustrativa.
Você claramente é da turma que compara a democracia real, existente, com uma mitologia igualitária de prosperidade que só encontra paralelo no Paraíso Bíblico. Munido de tal perfeição passa a verificar se eles “existem” na democracia. É tática antiga que ainda arrebanha fiéis.
Democracia é difícil, imperfeita, morosa, mas as alternativas são piores. É triste e constrangedor observar que ainda hoje, depois que as democracias ocidentais permitiram a consolidação de sociedades com os maiores graus de liberdade, direitos e qualidade de vida da história da humanidade, principalmente para os mais pobres, tantos discordem da conclusão de Platão popularizada por Winston Churchill.
Democracia é uma conquista cultural que evolui lentamente. Infelizmente sua destruição pode ser bem mais rápida.
Você quer DEMOCRACIA! No capitalismo que sempre haverá OS DOMINANTES e VIOLÊNCIA PARA SE IMPOR? Democracia tem que ser para todos, não existe vencedores individuais, é o COLETIVO QUE VENCE!
Baseado em seu histórico por aqui, vou responder sem qualquer esperança de que consiga entender. Democracia é difícil, imperfeita, morosa, mas as alternativas são piores. É triste e constrangedor observar que ainda hoje, depois que as democracias ocidentais permitiram a consolidação de sociedades com os maiores graus de liberdade, direitos e qualidade de vida da história da humanidade, principalmente para os mais pobres, tantos ainda a ataquem em nome de uma utopia de igualdade que mata a liberdade individual no primeiro ato e jamais entrega a almejada igualdade.
Pra mim o quadro patológico dessa gangue ficou escancarado para quem quisesse ver já vai fazer uma década, quando iniciou o julgamento da AP470. A intenção deles foi narrada pelo procurador geral e chancelada pelo tribunal, e aquilo me causou arrepios e maior repulsa que se possa imaginar. Eu discordo e muito que os tolos comuns sejam menos inteligentes do que isso. Pois os tolos comuns são apenas ignorantes. Já essas pessoas que fazem uma interpretação tão equivocada da história e da vida social, e pior, com intenções manifestamente criminosas, é pura burrice somada à canalhice, e não tem nem como analisar isso sob qualquer ótica: crítica, analítica, política, etc… Só é possível analisar esses tipos sob a perspectiva clínica, sob a luz da medicina psiquiátrica.
A Ação Penal 470, apropriadamente chamada de Mensalão, realmente foi um marco. Um marco que se mostrou algo tímido com os números do Petrolão. Tudo isso é verdade. Exatamente por ser verdade que trabalho pelo surgimento de uma Terceira Via com viabilidade eleitoral.