Há um grupo de eleitores que não quer a esquerda no poder e tampouco a direita autoritária de Bolsonaro.
Deste grupo fazem parte os eleitores de Meirelles, Álvaro Dias, Amoedo e Alckmin, que segundo as últimas pesquisas, representa aproximadamente 16%. Se somarmos a este grupo os votos de Marina Silva, chega-se a 23%.
Há outro grupo que prega não votar ou anular o voto. Representa 12%.
Existem ainda 5% de indecisos.
Somando tudo, chega-se a 40%.
Agora imagine um movimento de voto de protesto que despeje em um único candidato a maior parte destes votos. Seria fácil que chegasse ao segundo turno. Talvez, até vença a eleição.
Qual seria este candidato? Já defendi aqui e outros defenderam por ai que se escolhesse o que estivesse na frente às vésperas da eleição, entre Alkmin, Amoedo, Meirelles e Álvaro Dias, mas isto seria voto útil, não necessariamente um voto de protesto.
O único candidato que representaria, ao mesmo tempo, voto de protesto e voto útil, seria o Amoedo.
O Partido Novo é um bom voto de protesto por vários motivos, entre eles o fato de não aceitarem usar dinheiro público para fazer campanha. Também conta como voto de protesto o fato de que quase todos os candidatos do Novo a deputado, senador, governador e presidência estarem disputando o primeiro mandato. Conta como voto de protesto quererem reduzir as mordomias dos poderes executivo, legislativo e judiciário. Conta como voto de protesto quererem reduzir o custo do estado sobre as costas da população.
Assim, como poucas vezes ocorreu na história, há uma possibilidade real de sobreposição entre o voto de protesto e o voto útil.
Não adianta reclamar de candidatos como Bolsonaro, Haddad e Ciro e não ter uma estratégia para impedir que um deles vença a eleição.
E hoje, a única estratégia com potencial matemático de sucesso é o voto de protesto no Amoedo.
Pense nisso e divulgue esta ideia.
Artigo do Paulo Falcão.
Nenhum dos quatro candidatos que aparecem à frente nas pesquisas conquistaram seus eleitores erguendo a bandeira do liberalismo. NENHUM. Amoedo e Meirelles, os que mais se aproximam da ideologia liberal, são lanterninha, parece que até o cabo Daciolo terá mais votos do que eles.
Isso mostra que todo esse chorume neoliberalento que rola na net, na verdade, é uma grande bolha de classe média que mais tem ódio contra a esquerda do que amor às pautas liberais.
A pauta dessa galera se resumiu em disseminar um anti-comunismo tosco e demonizar o Estado, a política e os políticos (fazem isso pois sabem que a esquerda não detêm o poder econômico, pois sabem que ela precisa da política para sobreviver). Dessa forma o que apenas conseguiram, junto com a grande mídia, foi fazer o cidadão médio acreditar que o problema está na democracia, na política e na esquerda, ou seja, TURBINARAM o Bolsonaro, enquanto sua agenda liberal é ignorada por todos.
Os meus parabéns para os neoliberais de internet por tal façanha! Parabéns ao MBL, Mercado Popular, Spotniks, Renata Barreto, Leandro Narloch! Turbinaram o fascismo ao mesmo tempo que fizeram as pessoas desacreditarem nas instituições nascidas de ideias liberais, tudo pelo ódio contra a esquerda. Parabéns pelo seu retumbante fracasso como formadores de opinião liberais.
De fato o apelo populista é mais sedutor, mas é o liberalismo que paga as contas. Quer ver um exemplo prático, bem didático? Leia:
O QUE O SUCESSO DE PORTUGAL TEM A ENSINAR AO BRASIL.
https://goo.gl/9eTs3e
Quem paga a conta é o pobre e trabalhador. O liberalismo só lucra encima.
Leia o artigo que indiquei sobre Portugal. A realidade desmente seu preconceito.
Leia este:
Política em Portugal: o reino onde os pobres não entram.
https://goo.gl/pwMhRt
Li. Achei interessante. Mas o artigo fala sobre a participação política no poder, não sobre a percepção de benefícios econômicos. Com a economia de Portugal crescendo e as contas públicas controladas, em rota de formar superávit, os trabalhadores portugueses celebram a redução do desemprego e a criação de empregos industriais melhor remunerados.
The Economist: Portugal supera crise sem seguir fórmulas de austeridade
https://goo.gl/SgMNWo
“O que aconteceu em Portugal mostra que austeridade demais aprofunda a recessão e cria um círculo vicioso”, disse o primeiro-ministro António Costa em uma entrevista. “Criamos uma alternativa à austeridade, enfocando o maior crescimento e mais e melhores empregos.”
Tu tá parecendo aqueles brazucas que foram dar lições sobre nazismo aos alemães.
Mas quem é o 1º ministro português para contrariar o teu texto,né?
Não confunda discurso para a galera com fatos. Meu artigo demonstra didaticamente o que afirmo com informações OFICIAIS do Governo Português. Basta saber ler e usar esta capacidade.
Leia o artigo e analise os gráficos. Depois, ofereça uma interpretação diferente, se for capaz.
Que nenhum governo pode “gastar” mais do que arrecada já sabemos, a questão não é o corte em si, mas onde se corta. E sabemos bem onde os governos costumam cortar quando o FMI recomenda “austeridade”, e foi essa recomendação que foi contrariada.
O novo governo português apostou que, como Portugal já estava crescendo, se mantivessem as despesas haveria redução do déficit pelo lado da arrecadação. Falhou no primeiro ano, por conta de expectativas negativas criadas pelas promessas, e ajustaram pelo lados dos gastos. O mercado viu que a austeridade seria mantida e soltou o freio de mão. De lá para cá, as despesas estão controladas e a arrecadação em alta. Foi mais ou menos o que aconteceu no início do primeiro governo Lula.
O que importa é que se reduziu jornada de trabalho, interromperam privatizações, ouve reajuste real nas aposentadorias e ganho real no salário-mínimo, o resto é perfume.
Não era perfume. Estas conquistas só foram possíveis pelo ajuste anterior. Observe a evolução dos números nos gráficos.
Meu caro Paulo Falcão, como poderíamos alastrar essa ideia?
Compartilhe o máximo com os amigos e os convide a divulgar também. Estamos correndo contra o tempo.