É interessante como podemos concordar e discordar simultaneamente de um autor. É o que ocorre comigo em relação ao artigo reproduzido abaixo, de Thomás de Barros para o jornal El País.
As ideias que parece defender estão em consonância com o que defendo em diversos artigos do blog. As divergências maiores são pontuais e não mudam em nada a essência do que defende, como, por exemplo, o uso que faz da palavra progressista (mais uma vez sequestrada e confinada como algo restrito à esquerda) e seu alinhamento ideológico a esta esquerda imaginária.
Sou um liberal e reconheço em Thomás de Barros o que chamo de “direita envergonhada”, ou seja, pessoas que se dizem “de esquerda” mas já não o são.
Por que digo isto? Porque me parece que ele tem a democracia representativa como valor fundamental, o que é incompatível com a essência das teses que definem a esquerda.
Veja o que escreve: “Na política, o conflito e a relação do “nós” contra “eles” são inevitáveis pois nossas representações são sempre parciais. Muito longe de uma pretensa democracia “real”, pura, que promete expressar um “povo” imanente para além da representação, o que existe é o oposto: o espaço comum necessariamente cindido. Mas o antagonista com o qual nos deparamos pode ser tratado de diversas maneiras. Na democracia, o antagonista é um adversário a ser respeitado, não um inimigo a ser abatido. Na democracia, os afetos devem circular baseando-se menos na fantasia de uma sociedade idílica, expurgada de seus elementos nocivos, e mais na aceitação de que nossa experiência comum nunca será harmônica”.
Não há agressão, não há ameaça, não há exclusão.
Há uma tensão permanente e dela brota a inclusão, a conquista de direitos, o permanente amadurecimento da democracia.
De certa maneira é o que digo em outro artigo: “A democracia é o contrário da imposição da “vontade da maioria”: é o respeito pelas minorias que fazem parte do jogo político e podem se articular para o exercício do poder. Somente nas democracias existe a garantia constitucional do direito de lutar por mudanças, por novos direitos ou pelo poder. O resto é ditadura, por definição.”
Assim, a pregação por uma “democracia real” em oposição à democracia representativa é, antes de mais nada, um ataque corrosivo à única forma concreta de democracia que o mundo experimentou desde a revolução industrial, já sob influência das ideias liberais.
Seja por ignorância, seja por estratégia, atacar democracias liberais (representativas) é atacar o modelo em que a humanidade conquistou os mais elevados índices de liberdade, direitos civis e prosperidade em toda a história. Não é pouca coisa.
Fiquem com o artigo de Thomás de Barros.
Introdução de Paulo Falcão.
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A ESQUERDA E O DILEMA DA DEMOCRACIA REAL
A “soberania popular” refere-se sempre a um “povo”, mas o “povo” não é algo sólido, rígido
Por THOMÁS DE BARROS
Qual deveria ser o projeto da esquerda brasileira? Essa parece ser uma das perguntas recorrentes nos círculos intelectuais do país, num cenário em que o bloco progressista tem dificuldades para se articular. Muito do debate cresce em torno da defesa de uma “democracia real”. Embora presente em diversas manifestações que eclodiram pelo mundo a partir de 2011, o termo pode parecer demasiadamente vago. Afinal, o que seria a tal “democracia real”? Em geral fala-se do aprofundamento da participação cidadã e dos mecanismos de democracia direta. Por trás dessa posição, está uma crítica à representação política, vista como incompatível com a expressão da “soberania popular”.
Essa discussão traz pontos interessantes, mas também problemáticos. Não tratarei aqui da viabilidade dos mecanismos de participação cidadã, que já têm longa história no Brasil, apesar dos recentes retrocessos. Também não vou discutir se a democracia representativa cria ou não condições mais favoráveis para reflexão e deliberação política. Meu ponto é outro: o apelo à “soberania popular” é um argumento fraco. Suponhamos que seja possível multiplicar a quantidade de plebiscitos e referendos, e que com o avanço e difusão da tecnologia todos possam propor projetos de lei, opinar, discutir e votar iniciativas populares de forma prática. Mesmo nesse caso, a “soberania popular” não se expressaria sem mediação, sem representação.
A tal “soberania popular” refere-se sempre a um “povo”, e é aqui que as dificuldades começam. O “povo” não é jamais algo sólido, rígido, que se expressa diretamente. O “povo” só ganha forma em um discurso, e discursos são necessariamente parciais, contestáveis. E são assim, precisamente porque são representações. No fundo, a possível confusão com essa ideia nasce dos vários sentidos da palavra “representação”. Existe, é claro, representação política como aquela que temos hoje em Brasília: representantes eleitos, que reivindicam falar e legislar em nome do “povo”. Mas representação é uma palavra que também existe no universo da arte: o retrato de Mona Lisa, por exemplo, representa o sorriso misterioso de uma mulher. À primeira vista, podemos achar que esse segundo sentido não tem nada de político. Ocorre que essas duas dimensões caminham juntas.
A diferença é que, no caso do “povo”, não existe original: é a representação que constrói retrospectivamente o objeto que torna “presente”. Isso não significa que, sem um representante eleito, sem um líder, o “povo” não possa existir. É verdade que, em muitos contextos, lideranças carismáticas tiveram um papel central na construção do “povo”. Não é possível pensar a França de hoje sem a figura do general Charles de Gaulle, assim como não se pode entender o “povo” no Brasil e na Argentina ignorando Getúlio Vargas e Juan Domingo Perón. Mas a identificação política não precisa ser personalista – é até mesmo possível se identificar com uma ideia construída coletivamente. Em todos os contextos, no entanto, o “povo” é uma construção discursiva, uma representação.
É claro que os defensores da “democracia real” não ignoram o caráter construído e contingente de toda identidade popular. No entanto, a mensagem recorrente parece supor que haveria um “povo” concreto, imanente, com identidades claras e definidas, e que o grande problema seria a incapacidade da representação institucional de transmitir esses interesses para os círculos do poder. A verdade é que o problema é de outra ordem. Mesmo que os representantes possam ser vistos como traidores, e ainda que o sistema representativo tenha suas disfuncionalidades, a dita “crise da representação” não passa exclusivamente por aí: ela é antiga e vem do fato de ser impossível se dizer tudo, de qualquer discurso sobre o “povo” estar aberto à contestação.
O teórico político argentino Ernesto Laclau foi um dos que mais pensou como o “povo” pode ser discursivamente construído. Para Laclau, se o “povo” é uma construção discursiva, trata-se de uma construção que nunca está terminada. Ela sempre pode ser desfeita, transformada, e essa transformação ocorre nos momentos de disputa política. Um discurso é hegemônico, segundo Laclau, precisamente quando consegue triunfar nessa disputa e fixar (de maneira provisória) o sentido de palavras como “povo”.
Assim, o desafio dos progressistas não poderia se restringir à forma institucional da democracia. Tanto na democracia representativa quanto na democracia direta, o “povo” será sempre uma representação, e, portanto, um espaço em constante disputa. O desafio dos progressistas, não importa em qual contexto, seria o de construir um “povo” progressista, de tornar seu discurso hegemônico.
Isso nos leva a outra pergunta, mais importante: qual o conteúdo desse discurso progressista? Essa discussão envolve o debate sobre como mais vale desconstruir identidades do que as sedimentar. No contexto de exclusão em que vivemos, porém, há pouca dúvida de que o papel da esquerda deveria ser a universalização de direitos, a sucessiva inclusão de setores vulneráveis, precarizados, dando voz a eles, construindo e reconstruindo o “povo” de forma a incorporá-los. Uma democracia direta poderia ajudar nesse processo? Talvez, mas não necessariamente.
Sendo bem prático: de que nos vale uma democracia direta se esse tal “povo” escolher proibir o aborto, proibir o casamento gay, ser tolerante com a violência contra a mulher, naturalizar o racismo, se deixar seduzir pelo nacionalismo xenófobo e pelas fantasias do consumismo? Pensando, por exemplo, nas contradições que perpassam as análises sobre as manifestações de junho de 2013, de que nos valeu o “povo” brasileiro ir às ruas se os progressistas perderam a disputa do discurso? O esforço precisa ir além. Sem dúvida, não se pode ter medo da participação do “povo”, mas tampouco se deve colocá-lo num pedestal independentemente de sua configuração. É preciso disputá-lo.
No entanto, a disputa discursiva não é apenas retórica, mas também afetiva. As pessoas se identificam com uma ideia de “povo” porque isso mexe com suas paixões. Esse é um dos motivos da força de lideranças carismáticas: o carisma, a graça do líder popular está associada ao vínculo afetivo privilegiado que ele estabelece com as massas. Porém, com ou sem líderes, nem todo vínculo afetivo é compatível com formas democráticas de sociedade. É possível energizar o “povo” apelando para a criação de bodes expiatórios, de inimigos a serem eliminados. Esse tipo de discurso é muito comum entre alguns setores da direita, que prometem a fantasia de uma nação plenamente reconciliada assim que tirarmos do jogo aqueles que são apresentados como responsáveis pela nossa desgraça. Concorde-se ou não com o desfecho final, foi esse o tom que predominou durante o processo de derrubada de Dilma Rousseff no ano passado. Os ditos progressistas não deveriam, entretanto, replicar essa estratégia com o sinal trocado.
Na política, o conflito e a relação do “nós” contra “eles” são inevitáveis pois nossas representações são sempre parciais. Muito longe de uma pretensa democracia “real”, pura, que promete expressar um “povo” imanente para além da representação, o que existe é o oposto: o espaço comum necessariamente cindido. Mas o antagonista com o qual nos deparamos pode ser tratado de diversas maneiras. Na democracia, o antagonista é um adversário a ser respeitado, não um inimigo a ser abatido. Na democracia, os afetos devem circular baseando-se menos na fantasia de uma sociedade idílica, expurgada de seus elementos nocivos, e mais na aceitação de que nossa experiência comum nunca será harmônica.
Contudo, a forma como os afetos circulam é, ela mesma, fruto de uma construção discursiva e, portanto, da disputa hegemônica. A abertura que caracteriza o cotidiano da democracia não cai do céu. A construção de um “povo” democrático exige que esse “povo” encare a democracia enquanto um horizonte aberto, enquanto um processo que não traz respostas prontas, mas que, exatamente por isso, permite pensar “fora da caixa”. Para que isso seja possível é preciso, em primeiro lugar, aceitar que só temos acesso à nossa realidade através de representações e, em segundo lugar, se identificar com os próprios limites dessas representações. É assim que se incentiva o questionamento constante de nossas práticas sociais e, a partir daí, a incorporação dos excluídos. Os setores vulneráveis, afinal, só encontram voz a partir da desconstrução das representações em vigor e da construção de novos discursos capazes de trazê-los para dentro da esfera pública e da convivência social entre iguais.
Afinal, qual seria o projeto da esquerda, senão essa abertura para novas formas de viver juntos?
Thomás de Barros é economista formado pela Universidade de São Paulo e doutorando em Teoria Política no Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po).
La historia no funciona así.
Las sociedades nacen, se desarrollan, se hacen sofisticadas, se expanden, alcanzan sus potencialidades según su contexto y entran en las crisis propias de sus propias contradicciones. Hasta que las mismas crisis la hacen estallar y diluirse o reconstruirse.
El liberalismo es un modelo de Organización social en una etapa de expansión de las sociedades, cuando las instituciones del estado empezaron a ser mucho más fuertes pero a la vez, más necesitadas de reconocimiento y Recursos.
El liberalismo fue una cesión de Poder del Estado a las clases comerciantes y sectores sociales independientes, como intelectuales y profesionistas,a cambio de su respaldo al Estado y al modelo económico vigente.
La crisis del liberalismo es evidente: resuelve las libertades individuales, da representatividad a grupos dominantes, pero no incluye a los sectores populares.
Ni era su intención. Ni lo puede ser.
Gracias por su contribución claramente marxista y bastante ponderada, pero discrepo de usted, evidentemente.
Como ya escribió el profesor Rosenfield, “Marx ya decía que la verdad de una idea es su realización práctica, sin lo que tendríamos utopías vacías y, peor, de concreción posible. Ahora bien, sólo podemos juzgar la validez del socialismo por su realización en la historia. Si miramos la historia, constataremos como realizaciones socialistas, “progresistas”, la aniquilación de la libertad de elección como la mayor de sus hazañas, pasando por una noción bizarra de ciudadanía que hace a todos los individuos súbditos del Estado. El interés colectivo, del estatal, se impone, entonces, como forma de corrección del “egoísmo”, llevando, como se sabe, a los campos de reeducación – en la verdad, campos de eliminación de los que se negaban a esa política liberticida.
(…) El capitalismo, que en el decir de los “progresistas” sería la fuente de todos los males, se convirtió, en la Historia de la humanidad, el régimen que mejor supo recrearse, emergiendo siempre nuevo de sus crisis. En las palabras de Schumpeter, el capitalismo se caracteriza por la “destrucción creadora”. Podríamos añadir: y el socialismo, por la “destrucción aniquiladora”.
Como digo en el artículo en cuestión y comprueban los hechos, la democracia representativa es, ante todo, la única forma concreta de democracia que el mundo ha experimentado desde la revolución industrial, ya bajo la influencia de las ideas liberales.
Atacarla es agredir el modelo en que la humanidad conquistó los más altos índices de libertad, derechos civiles y prosperidad en toda la historia.
Las tesis de izquierda sólo produjeron resultados razonables cuando mitigadas por el Estado de Derecho, en simbiosis con las democracias liberales. Cuando parten para vuelo solo, terminan siempre en dictaduras.
En realidad, este enfoque no es marxista.
Las contradicciones internas del liberalismo en su aspecto Político son muy evidentes. Fueron útiles en algún momento. Pero ni fueron la mejor, ni fueron la primera forma eficiente de Gobierno y Organización Social.
En las sociedades más tribales, por ejemplo, la organización social era basada en el aporte de la Persona a la Comunidad y en reciprocidad, la Comunidad le daba su protección.
El Jefe de la tribu, debía mostrar eficacia y liderazgo. Cumplir su rol.
En la medida que la sociedad se hace más compleja, está organización se hace más impersonal y llega el momento en que los roles son tan diferentes que son distantes y en esa forma, se necesitan”representantes”.
Si en alguna época, un pescador podía presentar sus demandas directamente con el rey o jefe de la tribu, de la aldea, con la expansión demográfica, eso hace complicado que 1000 pescadores presenten juntos sus demandas o expectativas de vida. Así que nombran representante .
Este ejemplo, describe lo que es la democracia representativa.
Sin embargo y como te escribí,en su enfoque moderno, la Democracia Participativa tiene contradicciones internas muy graves.
Un representante puede corromperse, un representante puede ser tan distante de sus “representados” que deja de tener sentido ( ejemplo: el diputado que es más cercano al Poder que a su distrito).
La ciudadanía se convierte en masa anónima.
¿Qué alternativas hay?
Emmanuel Mounier propone el comunitarismo, una reorganización social basada en los intereses comunes de las personas, el sentido de comunidad.
Propone la DEMOCRACIA PARTICIPATIVA.
Junto a el, filosófos como Dussel, Freire, Jaques Maritain, más respaldados en la filosofía social cristiana que en Marx.
El socialismo Latinoamericano, más influenciado por éstos, rompe en su mayor parte con el socialismo marxista Soviético precisamente por la experiencia del socialismo real dominante, que llegó a ser una super burocracia. Opresiva y destructiva de la comunidad y la autonomía personal…. Cómo sí lo comentas .
La democracia liberal, o representativa, se mostró la mejor forma para solución pacífica de conflictos y gestión de demandas sociales en sociedades complejas.
La expresión “sociedades complejas” es fundamental en este debate, ya que las llamadas democracias participativas, o democracias directas, ya han demostrado que sólo funcionan razonablemente bien en sociedades pequeñas y más o menos homogéneas, como las asambleas de condominio o sindicales.
Cuando migramos a sociedades complejas, entra en campo la manipulación política.
El último intento conocido fue Venezuela de Hugo Chávez y contribuyó a transformar el país en una dictadura fallida.
En la práctica, no hay un modelo virtuoso de democracia directa. Y el artículo llama la atención sobre los peligros de esta tentación que nunca termina bien.
Al final, es como ya dije en otro artículo:
“La democracia es difícil, imperfecta, morosa, pero las alternativas son peores. Es triste y vergonzoso observar que aún hoy, después de que las democracias occidentales permitieron la consolidación de sociedades con los mayores grados de libertad, derechos y calidad de vida de la historia de la humanidad, principalmente para los más pobres, tantos discorden de la conclusión de Platón popularizada por Winston Churchill. “
Absoluta certeza, ou seja, o que foi conquistado a duras penas temos o dever de preservar, aperfeiçoar. As liberdades e direitos conquistados foi, sem dúvidas, um grande avanço.
Ivanildo, concordo com você, mas como sei que é de esquerda lembro que não se consegue mais democracia praticando menos democracia, como ocorre em todas as experiências de socialismo conhecidas. A ditadura é um imperativo teórico e prático para a abolição da propriedade privada dos maios de produção e o Estado de Direito.
Meu caro, o socialismo foi derrotado pelas forças imperialistas e contrarrevolucionárias. Com a derrota do socialismo nasce o capitalismo de Estado com roupagem de socialismo. O capitalismo de Estado foi consolidado no X Congresso do PC Soviético de 1921, ali foi instituído o monolitismo, todas as garantias individuas e direitos conquistados foram abolidos, apesar dos protestos e apelos dramáticos de Alexandra Kollontai e outros valentes e abnegados revolucionários. Dizia-se que seriam medidas em caráter provisório, no entanto, se eternizaram. Essa verdade histórica, a “esquerda” stalinista não admite, não aceita debater e por aí vai. Naquele Congresso foi criado o Partido único, um só pensamento, uma só verdade, uma só imprensa, também, foi abolido o LIVRE DEBATE e tantas outras distorções. Essa é a razão principal de defendermos o Resgate do LIVRE DEBATE. Reflita, debata, duvide…!
Ivanildo, eu também defendo o livre debate, mas não se esqueça que o socialismo real, para existir, precisa eliminar todo aquele que defende e luta pela liberdade individual e o direito à propriedade privada dos meios de produção. É uma necessidade conceitual inelutável. Logo, democracia e socialismo são mutuamente excludentes.
Com toda a certeza “não é pouca coisa”… Por isso mesmo, necessário se faz buscar nas propostas socialistas a construção de uma nova sociedade em termos plurais e essencialmente democráticos. Fora disso é trocar “gato por lebre”.
Não existe pluralidade no socialismo. No máximo é como torcedores de um mesmo time que divergem da melhor escalação.
Um modelo feito a base da espoliação e pilhagem continua dos outros, e esse modelo n é democrático visto que seus fundadores eram críticos a democracia. O nome do modelo defendido por eles e por te, é o de governos representativos portanto em respeito aos conceitos, a semântica e a história não pode continuar chamando o sistema que defende de democracia.
Você é um prisioneiro de utopias. A realidade não lhe serve.
Que utopia? A do “livre mercado” que na realidade é um corporativismo? Acho que quem vive no país das maravilhas é vc, em nenhum momento defende utopia alguma apenas ataquei o seu castelo de areia. Pq Paulinho ele é frágil e muito.
Paulo vc e q nunca encara o que são essas democracias imperialistas q vc ama
Essas democracias tem uma representação onde apenas elementos da classe dominante conseguem espaço. São eleições que envolvem dinheiro.
O artigo toca o Centro desta questão, a representação, e dialoga muito com o artigo anterior e o simulacro de participação popular na URSS. No fim, toda participação popular em sociedades complexas envolve poder e recursos. Mas nas democracias há espaço concreto para multipartidarismo e alternância pacífica de poder.